Quando acordei pela manhã, logo ao abrir os olhos, e as imagens ainda começarem a ficarem claras, vejo a semelhança de um rosto conhecido que fica a me observar com aquele sorriso de outrora. Com a maior surpresa eu cerro os punhos e os passo aos olhos em movimentos circulares. Quando assim faço vejo a ilusão das minhas remelas fatigadas se tornarem uma saudosa realidade que agora estava frente do meu ser.
As palavras não saiam de ambos, apenas a transmissão do olhar que os hipnotizavam já passados alguns segundos. E já por mear um minuto um "oi" da parte dela me chegou ao ouvido. Imerso naquela sinestesia continuei mudo a recear dizer palavras erradas naquele momento certo. Tão certo que houvera inesperado, desacreditado, incrédulo de que existira tal arquitetura de juntar, impossivelmente, duas metades separadas.
O minuto chegou próximo de se findar e o papo estava resumido a um monólogo de uma palavra só, quando, após toda as nossas vidas passarem diante dos nossos olhos, pois víamos que era isso que estávamos fazendo, o meu sorriso fez completar a simetria dos sorrisos, o meu abraço, diferente de qualquer beijo esperado, manisfestou-se a dizer que eles, os beijos, seriam para os inúmeros momentos da nossa vida e agora a mudez da minha boca queria dizer que estaríamos ligados para o resto do nossos dias osculares e da interação das nossas vidas pessoais compartilhadas como um só.
E dos 59 segundos se passou...
Eu estava mesmo precisando ler algo de qualidade. =)
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