quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A nostalgia infame


Qualquer semelhança é mera coincidência!

Num dia normal após uma noite mal dormida, tive que acordar cedo para poder seguir minhas obrigações. Escolhi um caderno avulso para fazer minhas anotações, tomei banho e um café da manha meia bocas e parti com o sol ainda com cara de sono, eu e ele. Em meio a estudos e novidades, comecei a escrever e as linhas daquela página findaram, quando viro a página vejo rabiscos cor de vermelho. Ao achar estranho por não gostar de escrever de vermelho, fico me perguntando quem havia escrito aquilo naquela página avulsa no meio do caderno. Ao olhar melhor vejo que as escritas estão tortas em relação as linhas e que as palavras estão sobrepostas umas as outras. Foi ai que tudo fez sentido. Lembrei-me daquele dia em que eu estava deitado olhando para o teto e pensando coisas boas, quando, raramente acontece, me vem a inspiração de escrever uma poesia. E lembro como hoje a sensação de tê-la escrita, foi melhor que mil palavras, abraços ou beijos, foi melhor que beber água gelada depois de andar vários minutos no sol quente já bem acordado, eu e ele. E naquele momento me veio o mesmo sentimento, parecia real, a lembrança do contorno das letras, a contagem da métrica fiel e as rimas borbulhando no meu pensamento prestes a evaporar em tinta de caneta. E lá estava, o contorno da minha caligrafia manchando a folha do papel por os versos terem sido escritos em cima. Poderia ter guardado esse momento comigo e ter ficado feliz sozinho, mas, de forma impulsiva, acabei sofrendo junto ao compartilhar com o destinatário. Com isso, acabei lendo o que não quis por ter escrito o que não devia... E esse foi um dia daqueles "carne de pescoço", pelo cansaço da correria do seu restante e da demonstração de não poder conter a emoção que minhas retinas liam.

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