quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A verdadeira virada do ano



Tinha passado a noite a pensar, o que eu estou fazendo aqui nessa escuridão encasquetado com isso. Foi de repente que tudo se resolveu no seu juízo. Lembrara os fogos de artifício que anunciavam um momento feliz na vida das pessoas e que aquele dia 1º de janeiro tinha algo de bom na sua estressada e desatenta vida. Solucionara que a contagem regressiva, apesar de uma repetição, estarem comemorando que estavam mais velhos e a promessa de mais um dos "tantos carnavais" se aproximava, representava a esperança de um ano de coisas boas, de momentos felizes, e da maior união entre as pessoas. Mas o que realmente ele enxergava antes desse dia e fazia com que ele ficasse madrugada do dia 2 de janeiro sem dormir pensando era um mundo onde estar perto era estar distante, vizinhos que batiam aquele velho papo na calçada agora estavam a conversar com teclas de computador e monitores e se viam "felizes" por serem bem sucedidos nos relacionamentos com as pessoas. Intrigado com esse mundo onde o ego de ser mais rico, mais poderoso, melhor que os outros é ser aceitável para uns e ignorado por outros, onde a desigualdade é visível e inescrupulosa. Foi quando ele pensou como poderia mudar isso e resolveu que num teria mais jeito, mas poderia fazer a parte dele e solucionou o que lhe interrogava. Resolveu que nos próximos Natais além de trocar presentes com seus queridos iria ver o significado dos mesmos que sucederiam, e resolveu que uma pessoa nasceu naquela época e “quase sempre” é lembrado, que sozinho conseguiu fazer sua parte para fazer nos lembrar e refletir, que o seu ano novo ira ser velho se não desse seu exemplo para cada e seguisse o exemplo do verdadeiro sentido dessas datas festivas. Refletiu e conseguiu dormir naquela noite pensando como seria bom se cada um perdesse uma noite da sua vida pensando nos que tem fome, nos que só tem a guerra como escolha de vida, nos que são injustiçados, naqueles que perdem seus parentes por eles não seguirem “caminhos certos”, nos que são hipócritas em mostrar pros outros a ilusão das suas boas vontades, nas famílias que só têm o nome estruturado, nos que pedem e poderiam estar trabalhando por atitudes nossas, nos que não lhe aceitam como você é, nos que nos intitulam pela cor que possuímos e não ligam para o conteúdo, nos que estão abandonados esperando nossa presença, nos que enxergam a cruel realidade e nada fazem, nos que precisam de você e vocês “não precisa” deles. E o melhor, aprendeu que poderá dormir sossegado nas próximas noites por ter refletido sofre o que o mundo é para nós e o que somos para ele.

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