segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Da efemeridade das coisas


"Percebo que a efemeridade da proximidade é tão tênue quanto a infinidade da distância." (Rafael Silveira)


A VIDA, ah a vida! Grande e sinuosa vida! Nos impõem seu trilho e ficamos a vagar por entre suas entranhas - certas e incertas - por onde decidimos o que queremos digerir. Como um relâmpago suas escolhas passam à velocidade da luz e nós experimentamos a efemeridade do tempo, trazendo coisas boas com o vento e com o vento as leva, assim também com as ruins, ao menos! 

Sonhos e realidade, aversão de imagens e sensações, nos mostram o fim da vida, o fim de um amor ou o começo do fim do mesmo que não ocorreu, pura frenesi, fim de papo, fim do dia, fim da noite, finda escolha, almejados pelo fim do fim, porém a busca humana é infinita, por momentos bons e alegres que carregam em si seus momentos ruins. Uma eterna luta, o homem o protagonista e a vida o palco!

Com a vida corrida, a explosão das informações que já nos informam que estamos desatualizados, a tecnologia pulsante que nos deixa para trás; O homem "evoluiu" para o desapego, para a plasticidade do momento, buscando através desses infinitos momentos, como um quebra cabeça, almejar a felicidade, nisso envolve pessoas diferentes, objetos diferentes, momentos diferentes. Houve o tempo onde as pessoas viviam uma toda vida, todos os momentos eram recordados e guardados na lembrança, fazendo engrandecer a vontade de passar mais tempo na mesma realidade. Hoje, o homem acelerou o tempo e não consegue acompanhar sua velocidade, imerso em suas angústias, do desapego, em suas inverdades e seus momentos felizes, puros momentos efêmeros que leva o mesmo a refletir sobre o que se sente agora e o que continua sentido, grande contradição. 

Viver é viver o mesmo momento infinitamente. O homem riscou essa frase do seu cotidiano.

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