domingo, 28 de setembro de 2014

O que é felicidade?






         Seria fácil se fosse fácil responder, seria também monótona a vida com a total sabedoria do que fosse felicidade, alguns abusariam e diriam estarem sofrendo por não serem felizes. Opa! Será que é isso que acontece, vivemos na felicidade repleta ao ponto de sentirmos falta de coisas novas porque já temos a felicidade e a achamos chata? É uma hipótese, porém mais do que procurar a felicidade é viver, caro leitor, e da vida enxergar a felicidade que vai vivendo, é um verbo transitivo direto, essa tal de felicidade, conjulga nossas vidas em todos os tempos, verbais ou não verbais, transitivo por ser passageiro e direto porque não tem volta. Vamos brincar de conjulgar! Bom domingo. :)

domingo, 25 de maio de 2014

Um café de conto








                             Era um café afastado da correria impaciente da cidade, fugere urbem, descanso das buzinas dos auto e móveis seres transeuntes da selva de pedra. Ali, entreolhados, estava o casal de namorados a saciar conversas junto ao aroma da psicotrópica cafeína. Filosofia e temas parecido ao "tu viu essa semana...", marginalizados do urbacentro tinham o ideal para um fim de tarde calmo, eram tons de voz fracos para não quebrar o enlace daquela paz versus os cappuccinos extra fortes, falam de futuro para o romance romântico cheio de realismo, uma dosagem de juras de amor e amor de juras, voavam com o pés no chão para assim dizer. Três meses se passaram "feito queijo", queriam viver mais cada momento e esperavam das melhores as intenções. Acostumados com o estresse da cidade viam naquele pedacinho deles uma oportunidade para conhecer mais um ao outro, a moeda de troca era olhares regrados a beijinhos com tons marrons de coração acelerado, causado pelos olhares, talvez, mas pelo efeito do estímulo do café, certamente. Poesia é um ingrediente para momentos como esse, entretanto ali só sentiam uma paz diferente da poética, faziam jus ao ato, sem distrato e consoante uma linguagem informal cheia de intimidades, dizia ele "que você é para toda uma vida", o feedback era um brilho no olhar sincero da menina de cabelos curtos, suas silhuetas gesticulavam carinho através da penumbra da luz de vela que havia entreposta a ambos. Naquela concórdia de sentidos e a sinestesia deveras, fugiam da razão e caminhavam para o ébrio e perigoso som do amor, sinfonia dos deuses, cupido até que perdia no preparo do ambiente cafedizíaco estabelecido por eles. Era amor, seguido de um beijo, aquele que você diz "me lasquei todinho", ricocheteava uma ótima impressão aos observantes, porém os mais observados eram os mesmos em si e ao todo, osculavam prazeres e sentiam a carícia do melhor beijo de suas vidas, até agora, eram amantes, amigos e pícaros. O café havia saído das xícaras e sistematizava pelos apaixonados organismos. Talvez esteja errado em afirmar se tratar de amor, poderia ser uma paixão que vem e passa como um resfriado, no entanto, seguiam firmes com as melhores intenções, a conta veio e a caixinha ficara na mesa entregue pelas mãos que agora estavam dadas a caminho da saída.  




quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O restante

Há dias que só lhe resta o escrever para tentar entender a si. Palavras tolas, diagramação ruim, pensamentos aéreos, essa gradação intolerante paira sobre nossas minha cabeça. Ela não me quer deixar se entender, não quer me dar cordas para eu ir andando e marchando feito um soldadinho movido por elas. O tempo. Ele voa, trás coisas boas e ruins de toda a eternidade para vir borbulhar na sua realidade e na sua mente. Escolhas. Nem sempre se faz a certa. Ou pelo menos adia a escolha certa... Ou, talvez, não! Enfim, a vontade de escrever passou. O que tava em mim de ser um livro é apenas breves palavras... porém, com vastos entendimentos. A realidade é um conjunto de oportunidades de escolhas, que não fazendo uma delas, acabas, talvez, fazendo nada do que imaginastes fazer. E é no abuso de escrever que eu percebo que devo escrever mais e dizer: Que o agora é o que deve ser vivido intensamente, me sinto orgulhoso de estar escrevendo, e o restante, é bonito e simples, como escrever.