Vivemos em uma época boa aos olhos de muitos, onde a facilidade das comunicações e do bem estar nos transformaram em seres mais interativos uns com os outros e atenciosos para o que se passa.
Porém, toda essa parafernália acaba nos restringindo à nossa liberdade. E, de fato, vivemos em um mundo efêmero, baseado no "novo" acima do "um pouco velho". Queremos sempre mudar e ir atrás de novidade e de velocidade. Os restaurantes são fast foods, o consumo é desenfreado, produtos são feitos para durarem pouco, as notícias em segundos nos deixam desatualizados, a música não marca uma geração apenas uma semana, os amores duram até outra pessoa lhe abraçar logo ao lado dessa, enfim, vivemos escravos do tempo.
Poderia ficar horas e horas exemplificando situações do cotidiano, mas acho mais interessante passar uma reflexão acerca: De que adianta transparecermos o local e nos globalizarmos se não somos capazes de aproveitar compassadamente essa liberdade?
A revolução industrial nos trouxe algumas praticidades, no entanto, vivemos a mercê das imposições do "mercado", podemos dizer até que seja um chefe para todos, e que devemos obedecer fielmente. Concomitantemente, estamos vivendo em uma "sociedade de plástico", analogamente com o plástico que logo em breve é descartado para que outro venha substituí-lo. Acontece que como qualquer resíduo esses plásticos vão se acumulando e demoram até milhares de anos para desaparecem por completo. Assim acontece com a indústria do amor, onde podemos apenas chamar de indústria, pois o amor, deveras, está longe, onde crises de relacionamento afloram como tic tacs do relógio, segundos de impura amorosidade, é feito pela facilidade de consegui-lo, é um produto, um commodity, e atendendo a lei da oferta e da procura, quantos mais fácil e barato melhor de se achar e mais fácil de desprezar e descartar.
E uma crítica precisa de uma solução, com base nisso, digo que não há tanta coisa a ser feita, é uma questão pessoal, onde cada um deve tomar por base onde esteja pisando e ver onde todo esse "alvoroço" irá dar. Não se faz mais casais como antigamente, hoje queremos sempre estar um passo a frente e resolvermos nossos problemas freneticamente. A calma é uma breve solução e a reflexão uma constância dela. Estamos tão acostumados a viver a mesma situação diária com pessoas diferentes. Por que não vivermos com uma mesma pessoa diversas situações diárias? O que abrange troca de experiências e momentos saborosos da vida, ao invés de passar a vida procurando por isso e não achar?
A sociedade impõe as regras e devemos seguir. Mas, pera aí, você também faz parte da sociedade, não acha que podemos mudar isso e impormos nossas vontades? Maioria? Você quer seguir a maioria? A maioria é cega e você tem apenas dois olhos. Vamos começar a reciclar o plástico! Cansei de escrever...