terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sorrisos


E os sorrisos continuam a me envolver e aprisionar...


Alguns são discretos, outros exorbitantes, alguns são sem graça ou trazem ela para a sua vida, entre outros que trazem o alívio para os que vivem à míngua da vida sofrida, da doença. Quero falar em especial daqueles, os bons, que trazem a chave dos pensamentos e da alma, aquele que esconde um quê de mistério e aprisionam o olhar à sua direção e sentido, sentido com ternura e essência. Tal ela que torna a vida cativante. Não quero falar dos sorrisos zombeteiros que carregam uma carga de energia negativas. Pronto! Quero sorrir para me misturar a felicidade e me separar do que não traz motivo à vida. Penso, logo sorrio! Cartão de visita de um ser, ser, hei de ser, serei! Só risos se manifestam agora  :)

Sorrirei até quando houver dente e serei sorridente em mente e pacientemente sentirei.

Aos que gostam de sorrir.. =D




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Reflexão - Das tulipas ao regador



Poder refletir sobre algo que passou, e, através dela - a reflexão - reconhecer a questão em si e sua ponderação de erro ou acerto é uma tarefa complicada...

O jardim brotando do regador


Os hemisférios das órbitas disformes dos lábios se encontraram, pairaram sobre o silêncio barulhento daquele avenida movimentada, o que para eles foi de total surdez, não se ouvia nada. O que tinha só, e somente só, era o encontro de duas almas candentes de paixão, as quais haviam descoberto a faísca para o desejo oculto e latente que ambos possuíam. Era quase um devaneio, interrompido pela lógica de que precisavam acordar daquele transe profundo em que se encontravam. Os minutos se passaram, os carros passaram, a fantasia passara, e ao abrir de outras órbitas, agora oculares, se configurou um brilho diferente daquele ocorrido antes do fechar das mesmas. Era então o começo de um feitiço que iria criar corpo e ação após aquele instante. Não se dizia que esse feitiço poderia ser maligno, e que iria corromper o amor e escalar a razão muda e seca do mais amplo e frígido distanciamento. Seria um ar gélido e arrogante, de desvanecimento. Outrora, outro ar, outra visão, outro sabor. Agora nem se pode sentir mais nada, apenas a ausência, que não é a mesma para os dois lados, é de uma lembrança boa e uma vontade de querer voltar ao que era, do outro, um ar parecido, mas inerte, sem comprometimento. E assim, não podem se conhecer melhor pelas imposições feitas. Antes tinha jardim, tulipas, cheiravam e soavam sabor, agora só restou o regador esquecido pelos cantos do inexistente jardim.